sexta-feira, 2 de março de 2012

POESIA - APATIA


APATIA


Já não sei
o quão belo e precioso é o deslizar da minha pena
sobre o papel em branco criando versos, poemas
verdadeira música dos deuses a embebedar minha’ lma.

Já não sinto
a vibração do eco de cada palavra
a forjar um verso em minha mente ...
a expressão do agora é gota d’água a molhar um corpo que nada sente.

Já nem conheço
nem posso perceber a felicidade
que me fazia poeta
em cada momento de dor.

Já nem consigo ser feliz ...
não consigo parar de sofrer
por cada poema que não vem.

Não sou como outrora
não dá pra fugir dessa dicotomia ...
letargia ...
dessa rotina de folha sobre folha
que desnuda a frieza do meu dia.

Quero fugir! Gritar!!
Quero readquirir aquele que pensava ser meu dom ... meu dono!!

Não posso... não consigo ... então choro ...
uma lágrima perdida sobre este papel rola
na busca da inspiração perdida.

Ah como te amo ... minha doce amada e saudosa poesia ...
Voltes !! Por favor voltes ....
tua ida me deixa vazia.

Jeanny Raiol
(16/09/04 – às 21:30 horas)

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