De
que me valem estas mãos?
Se
elas são inertes.
De
que me valem esta dor e esta revolta?
se
o nó da garganta é recolhido.
De
que me adianta tanto nojo?
Se
o que comemos são restos
de
que me adianta esta justiça?
Se
a corda sempre arrebenta do lado mais fraco.
De
que me adianta acordar e dormir?
Se
todos os dias há seres insatisfeitos morrendo
de
que me importar ser eu?
Se
todos os dias morro a cada passo indesejado.
De
que me valem estas tristes palavras?
Se
tudo que falo é repudiado
de
que me valem estes versos?
Se
tudo que não passo é de simples poeta.
De
que me adianta ... meu Deus ??
Jeanny
Raiol
1992.
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